O que é a Solargen?
A Solargen é uma empresa de direito angolano, que surgiu há pouco mais de um ano, que fazia captação de investimentos de capitais sob forma de aluguer de geradores solares, dando renda diária entre as classes de investimentos sobre classes de PV0 a PV5, cujos valores variam entre os dois mil kwanzas e um milhão de kwanzas ou mais.
A empresa alegava que os geradores solares eram instalados em locais estratégicos, como hospitais, escolas, fábricas e residências, e que geravam energia limpa e sustentável, beneficiando a sociedade e o meio ambiente. A empresa também afirmava que tinha parcerias com instituições públicas e privadas, e que tinha autorização do Banco Nacional de Angola (BNA) para operar no mercado financeiro.
A empresa tinha um site (www.solargen-ago.net), onde os usuários podiam se cadastrar, escolher o plano de investimento, colocar o gerador em funcionamento e garantir a renda diária. A empresa também tinha uma sede no município de Viana, estalagem, e vários agentes espalhados pelo país.
Como a Solargen burlou os seus clientes?
A Solargen burlou os seus clientes ao retirar do ar o seu site há vários dias, sem dar qualquer explicação ou satisfação. Os clientes ficaram impossibilitados de acessar suas contas, retirar seus valores arrecadados ou entrar em contato com a empresa. Muitos clientes investiram grandes quantias na Solargen, esperando obter lucros rápidos e fáceis.
Além disso, descobriu-se que a Solargen não tinha autorização do BNA para exercer a atividade financeira, e que estava a violar a lei cambial e a lei das instituições financeiras. A Solargen também não tinha os geradores solares que dizia ter, nem as parcerias que anunciava. Tudo não passava de uma fraude para enganar as pessoas.
A Solargen usava um esquema de pirâmide financeira, onde os novos investidores pagavam os antigos, sem que houvesse uma fonte real de rendimento. Esse tipo de esquema é insustentável e ilegal, e acaba por prejudicar a maioria dos envolvidos.
Quais são as consequências da burla da Solargen?
As consequências da burla da Solargen são graves e variadas. Muitos clientes perderam todo o seu dinheiro e ficaram endividados ou desesperados. Alguns clientes relataram casos de depressão, suicídio ou violência doméstica por causa da burla. Outros clientes tentaram recuperar o seu dinheiro por meios violentos ou ilegais, gerando conflitos e insegurança.
A burla da Solargen também afetou a credibilidade do mercado financeiro angolano, e prejudicou o desenvolvimento do setor das energias renováveis no país. A burla da Solargen também manchou a imagem do país no exterior, e desencorajou potenciais investidores estrangeiros.
Além disso, a burla da Solargen também chamou a atenção para a falta de fiscalização e regulação das atividades financeiras no país, e para a necessidade de maior educação financeira da população. Muitas pessoas não sabem como identificar e evitar golpes financeiros, nem como investir de forma segura e rentável.
O que fazer para evitar ser vítima de burlas como a da Solargen?
Para evitar ser vítima de burlas como a da Solargen, é preciso tomar algumas precauções e seguir algumas dicas:
- Desconfie de ofertas muito vantajosas ou milagrosas, que prometem lucros altos e rápidos com pouco risco ou esforço.
- Verifique se a empresa ou instituição que oferece o investimento tem autorização do BNA ou de outro órgão competente para operar no mercado financeiro.
- Pesquise sobre a reputação e a credibilidade da empresa ou instituição, consultando fontes confiáveis e independentes, como sites, jornais, revistas ou órgãos de defesa do consumidor.
- Leia atentamente o contrato ou o termo de adesão ao investimento, e esclareça todas as suas dúvidas antes de assinar ou pagar qualquer valor.
- Guarde todos os comprovantes e documentos relacionados ao investimento, e acompanhe periodicamente o seu rendimento e o seu saldo.
- Não invista todo o seu dinheiro em um único investimento, e diversifique a sua carteira com diferentes tipos de aplicações, de acordo com o seu perfil e os seus objetivos.
- Denuncie qualquer suspeita ou irregularidade às autoridades competentes, como o BNA, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) ou o Ministério Público.
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