O nosso organismo precisa de uma determinada quantidade de energia (calorias) para manter as suas atividades e funcionar em pleno. Essa energia é fornecida pela alimentação e a necessidade calórica num adulto varia entre as 2000 e as 2500 calorias.
Quando a ingestão de alimentos coincide com a quantidade de energia consumida, o peso permanece constante. Pelo contrário, quando a ingestão é superior ao que o corpo necessita, ele armazena a energia excedente sob a forma de gordura.
Estas reservas poderão vir a ser benéficas caso, em determinada situação, não se coma o suficiente. No entanto, se a regra for comer sempre mais do que o corpo precisa, as pessoas tornar-se-ão obesas à medida que forem consumindo calorias em excesso, começando a aumentar o seu peso.
Já no caso das pessoas que perdem peso, o que acontece é que consomem menos energia do que a necessária e o organismo vai buscar a energia que falta às reservas de gordura. Para além dessa reserva de gordura, existe também no fígado uma reserva limitada de glicogénio, ou seja, trata-se de uma reserva de açúcar que pode ser usada também como fonte de energia.
Assim sendo, um alimento rico em açúcares simples é absorvido rapidamente pelo fígado e caso não seja usado em energia é transformado em gordura. Já a digestão dos hidratos de carbono complexos (pão, arroz, massas alimentícias, leguminosas e batatas), transformados em açúcar no intestino, é mais lenta por isso têm maior capacidade de saciar, durante um longo período de tempo, mas se não forem usados quando são libertados, também se transformarão em gordura.
Apesar de tudo, existem gorduras que são benéficas ao organismo, pela sua ação protetora do sistema cardiovascular, são as chamadas gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas, que aumentam os níveis de HDL no sangue. Já as más gorduras (saturadas, que aumentam o colesterol LDL), para além de contribuírem para a obesidade, aumentam o risco de acidentes cardíacos.
A alimentação e a sociedade
A obesidade é uma doença cada vez mais comum em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A mudança de comportamentos na sociedade influenciou, em larga escala, este problema de saúde, isto porque há cada vez mais pessoas que precisam de trabalhar durante mais horas para manter os seus empregos, os seus rendimentos, e o resultado dessa entrega diária e constante ao trabalho é a pouca disponibilidade para confecionarem refeições ricas e nutricionalmente saudáveis.
A solução, na maioria das vezes, passa por recorrer a refeições pré-preparadas, que só precisam de ser aquecidas, e que são pobres no que toca aos valores nutricionais.
Também é possível constatar que os alimentos calóricos e mais apelativos aos sentidos, pela quantidade de sal e açúcar que contém, são de fácil acesso e tendem a ser mais baratos, o que contribui para a sua crescente aquisição.
Como evitar a obesidade?
Para evitar o excesso de peso, é fundamental ter uma alimentação saudável, reduzindo o açúcar, as gorduras saturadas e o álcool, dando maior primazia aos alimentos ricos em fibras, aos vegetais, às frutas e aos alimentos magros.
Para além disso é igualmente importante, comer várias vezes ao dia e praticar regularmente exercício físico, isto porque o fraco valor nutricional das refeições associado ao sedentarismo, é o fator que mais contribui para o excesso de peso.