Se tem uma voz na sua cabeça que diz “Não acho natural ser uma pessoa monogâmica”, é normal que surjam algumas dúvidas se você realmente está preparado para viver o Poliamor.
Muitas novas formas de relacionamento estão se tornando populares, e o Poliamor é uma das mais comentadas.
E como você sabe se você é um Poliamorista?
Primeiro de tudo, o que é exatamente poliamor?
Em seu nível mais básico, relacionamentos poliamorosos são relacionamentos íntimos que envolvem mais de duas pessoas, diz Matt Lundquist , LCSW, um terapeuta de relacionamento em Nova York.
Mas há uma ampla gama de como o poliamor se parece na prática. “Um relacionamento poliamoroso pode incluir três ou mais parceiros relativamente iguais em um relacionamento emocional romântico contínuo, seja compartilhando uma casa ou namorando”, ele explica. “Ou há também relacionamentos em que um ou ambos os parceiros têm um relacionamento mais casual”.
Isso requer muita negociação para evitar que alguém se machuque. “Relacionamentos poliamorosos atenciosos geralmente vêm com regras e acordos resolvidos desde o início”, explica Lundquist.
Para sua informação, relacionamentos poliamorosos não são a mesma coisa que relacionamentos abertos. Também é diferente da poligamia, diz Gin Love Thomson , Ph.D., especialista em relacionamento e autônomo. O último é “geralmente relacionado à religião e é um conceito dominado por homens, do homem ter várias esposas”, explica ela. “Poliamor, por outro lado, não é exclusivo de gênero.“
Antes de você dar o mergulho no poliamor…
Todo relacionamento sólido e poliamoroso começa com uma boa e dura visão daquilo que você quer e do que vai fazer você feliz. Para ajudá-lo a decidir se um relacionamento poliamoroso é ideal para você e seu parceiro, comece fazendo estas sete perguntas:
1. Quão ciumento é você?
Você consegue realmente ver seu parceiro saindo com outras pessoas? “Esta é a pergunta mais óbvia, mas também a mais importante e a mais difícil de responder“, diz Lundquist. “Mesmo quando um determinado parceiro não quer ser ciumento ou possessivo, a monogamia está tão arraigada em nossa cultura que algumas pessoas simplesmente não conseguem chegar lá”.
Até certo ponto, é difícil saber como você realmente se sentirá em relação ao seu parceiro ter outro relacionamento até que você mergulhe o dedo do pé na água, diz Lundquist. Mas dar uma olhada honesta em como você lidou com situações de indução de ciúme no passado pode lhe dar uma visão importante, diz ele.
Existem algumas perguntas específicas que você pode fazer a si mesmo para testar isso: Como você se sentiu quando encontrou a ex de seu parceiro em uma festa? Você se sente desconfortável quando seu parceiro continua falando sobre o quanto se diverte com seu colega de trabalho favorito?
Você se sente irritado quando vê o barman flertando com seu parceiro? “Acho que a vida testa nossa inveja,” diz Lundquist. “Nós apenas nem sempre olhamos para a evidência honestamente.”
2. Isso é algo que vocês dois querem?
“Muitas vezes, um dos parceiros está mais interessado em experimentar o estilo de vida poliamoroso do que o outro”, explica Thompson. Se for esse o caso, pode causar um desequilíbrio de energia problemático.
“O parceiro ligeiramente hesitante, que muitas vezes participa para satisfazer seu parceiro e não o perder completamente, sofre”, diz ela. “Assim como o relacionamento.” Se você está procurando poliamor como um último recurso ou como uma maneira de manter o seu parceiro perto, estas são grandes bandeiras vermelhas.
3. Qual é a sua motivação (e do seu parceiro)?
Existem alguns objetivos comuns que sinalizam que o acordo pode ser uma experiência positiva para você e seu parceiro.
Um dos principais: sentindo-se limitado pela monogamia, diz Lundquist. Se você e seu parceiro sentem que seu relacionamento monogâmico não está satisfazendo suas necessidades de proximidade e intimidade (e que nenhum relacionamento monogâmico realmente poderia), pode ser um sinal de que o poliamor é o melhor ajuste para você.
Uma boa motivação também pode ser tão simples quanto “querer mais amor e intimidade em sua vida e querer ver seu parceiro feliz“, diz Lundquist.
4. Quão seguro você se sente em seu relacionamento atual?
“Compartilhar um parceiro cria mudanças na dinâmica de confiança e intimidade”, diz Thompson.
Isso pode ser um declive escorregadio – especialmente se seu relacionamento não é tão sólido para começar. “Poliamor precisa de mais maturidade e um relacionamento mais forte desde o início, porque as questões de ciúme e confiança podem ser muito difíceis de lidar“, diz Lundquist.
5. Que regras de base você quer estabelecer?
Como Lundquist salienta, relacionamentos poliamorosos exigem muito mais negociações, portanto, você deve estar preparado para discutir novos desafios à medida que surgirem. “Uma vez que as coisas começam, você pode se surpreender por não estar sempre na mesma página com o seu parceiro“, diz ele.
A melhor maneira de evitar esses conflitos em potencial é definir algumas diretrizes com seu parceiro de maneira clara. Antes de começar qualquer novo relacionamento, converse sobre a logística: Quais comportamentos estão bem? Alguém está fora dos limites? Você passará tempo juntos como um grupo e conhecerá os parceiros do seu parceiro?
“Mesmo para casais que acreditaram na ideia de um relacionamento poliamoroso, podemos dizer, por exemplo, ‘eu gostaria de pular o almoço com sua irmã para que eu possa ir a um encontro’ pode soar bem estranho – pra não dizer decepcionante ”, diz Lundquist. Antes de aderir ao poli, faça uma lista específica com o seu parceiro sobre quais comportamentos estão corretos e quais não estão, incluindo quantos detalhes você dará uns aos outros sobre outros relacionamentos ou encontros.
6. Como o poliamor tentará afetar seu futuro juntos?
O poliamor será uma coisa para sempre? “Discuta com seu parceiro se você pretende mudar de marcha quando você tiver um filho ou em outro evento de vida no futuro”, diz Lundquist.
Também é uma boa ideia falar sobre como você lidará com isso se o poliamor um dia não estiver mais funcionando para um de vocês. “Checagens são uma parte importante deste tipo de relacionamento“, diz Lundquist. “Alguns casais usam um terapeuta para isso ou até mesmo um amigo que é mais experiente com relações poli.” Coloque uma data de permanência/ conversa no calendário (isso pode ser feito quinzenalmente ou mais vezes a cada mês – o que você se sentir mais confortável) onde ambos sabem que o propósito explícito é falar sobre como o relacionamento está indo, o que pode ajudar a remover qualquer constrangimento em iniciar esse tipo de conversa.
A coisa mais importante, ela diz, é que cada um de vocês se sinta confortável em expressar quando algo não foi legal. Se você não sente que pode trazer à tona quando algo não está funcionando para você no relacionamento, esse problema só vai se tornar maior quanto mais profundo você entrar em poliamor.
Não há ciência exata para responder a essas perguntas, mas se ao explorá-las, deixa você ou seu parceiro desconfortáveis de alguma forma, o poliamor pode não ser o ajuste certo para o seu relacionamento – ou para você.
Reflitam bastante e conversem muito para chegarem à uma conclusão. De qualquer forma, sejam felizes! 🙂